Tenho alergia ao sol?

Saúde e Medicina
Última atualização: 21/07/2022
  • As causas da alergia ao sol podem estar relacionadas com fatores genéticos ou ser desencadeada pela administração de certos medicamentos, pela aplicação tópica de alguns produtos cosméticos e perfumes ou pelo consumo de determinados alimentos.
  • Existem quatro tipos de alergia ao sol, com diferentes sintomas
  • Se o diagnóstico não for evidente, o médico poderá indicar a realização de alguns testes para clarificar a situação.
  • A prevenção pode ser a principal arma para evitar a alergia ao sol.
alergia ao sol

Fonte natural de saúde e bem-estar, o sol pode ser uma ameaça para quem tem um sistema imunitário intolerante à exposição solar, provocando reações alérgicas cutâneas indesejadas. Descubra se é o seu caso e que medidas adotar para usufruir da época estival sem complicações.

Desfrutar do sol e aproveitar o ar livre como só acontece no verão é uma das maiores recompensas que se pode ter. Além de ser imprescindível para a síntese da vitamina D e fixação do cálcio no organismo garantindo a saúde óssea, a exposição solar é igualmente essencial para aumentar a produção das hormonas do bem-estar. Apesar do prazer que proporciona, há cada vez mais pessoas, em especial mulheres jovens, a queixarem-se de alergia ou sensibilidade ao sol, também conhecida por fotoalergia e fotodermatose, um problema que surge quando o sistema imunitário se torna reativo aos raios UV.

Se é o seu caso, saiba que existem soluções que vão permitir que viva o verão em plenitude, sejam medidas preventivas a adotar, bem como soluções dermatológicas adequadas. Saiba quais.

As causas/fatores de risco

A origem do problema ainda não é completamente conhecida para a ciência. De qualquer forma, sabemos que a alergia pode ser explicada por fatores genéticos ou ser desencadeada pela administração de certos medicamentos, nomeadamente antibióticos, medicamentos para a diabeteshipertensãoepilepsiadepressão e para alguns tipos de cancro, bem como pela aplicação tópica de alguns produtos cosméticos e perfumes que contêm certos químicos.

Por outro lado, a erva-de-São-João ou hipericão, usada na fitoterapia como calmante e antidepressivo natural, é um exemplo de agente sensibilizador da pele, bem como alguns alimentos quando ingeridos em quantidades elevadas (aipo, limão, sumo de figo, entre outros).

Quais os sintomas?

Existem quatro tipos de alergia ao sol, com diferentes sintomas associados:

  • A mais frequente é a erupção cutânea fotoalérgica e afeta principalmente mulheres entre os 20 e os 35 anos. Neste caso, a pele apresenta pequenas erupções vermelhas acompanhadas por prurido intenso nas partes expostas do corpo.
  • A erupção polimorfa à luz é menos frequente, afetando homens e mulheres. Na zona do pescoço, rosto, membros e atrás das orelhas, surgem vesículas e manchas vermelhas com forte comichão.
  • Na urticária solar bastam poucos minutos de contacto com o sol para aparecer uma placa rosácea elevada sobre a pele, que atinge todo o corpo, principalmente nas áreas que estiveram expostas ao sol.
  • A fotossensibilização manifesta-se em erupções cutâneas vermelhas ou vesiculosas e muito pruriginosas em toda a superfície da pele, em consequência do contacto com agentes fotosensibilizadores, como medicamentes, plantas medicinais e cosméticos.

Como diagnosticar?

Como explica a Mayo Clinic, em muitos casos, os médicos conseguem diagnosticar a alergia ao sol simplesmente observando a pele. Contudo, se o diagnóstico não for evidente, este poderá indicar a realização de alguns testes para clarificar a situação. Esses testes podem incluir:

  • Teste de luz ultravioleta (UV). Também chamado de fototeste, trata-se de um exame usado para ver como a sua pele reage a diferentes comprimentos de onda da luz ultravioleta de um tipo especial de lâmpada. Determinar qual o tipo específico de luz UV que está a causar uma reação pode ajudar a identificar qual o tipo de alergia que o paciente tem.
  • Teste de fotopatch Este teste mostra se a sua alergia ao sol é ou não provocada por uma substância sensibilizante que aplicou na sua pele antes de se expor ao sol. No teste, são aplicadas diretamente na pele substâncias identificadas como potenciadoras de alergia ao sol. Um dia depois, uma das áreas recebe uma dose medida de raios ultravioleta de uma lâmpada solar. Se ocorrer uma reação apenas na área exposta à luz, provavelmente está relacionada com a substância que está sendo testada.
  • Exames de sangue e amostras de pele. Esses testes geralmente não são necessários. No entanto, o seu médico pode solicitar um desses testes se suspeitar que os seus sintomas podem estar a ser provocados por uma condição subjacente, como lúpus, em vez de uma alergia ao sol. Com esses testes, é recolhida uma amostra de sangue ou uma amostra de pele (biópsia) para exames adicionais num laboratório.

Como tratar?

Se a alergia ao sol não for muito grave, tenderá a desaparecer. O paciente poderá recorrer à aplicação de sprays calmantes, como água termal, colocar compressas húmidas na zona afetada para ajudar a aliviar a comichão e as erupções. No entanto, nos casos mais graves será necessário tomar um anti-histamínico e aplicar com moderação algumas pomadas à base de cortisona, que têm um efeito reparador da derme e combatem o prurido. Se a alergia persistir, recorra a um especialista para tentar perceber a origem do problema.

Como prevenir?

Para prevenir qualquer alergia, antes de sair de casa, aplique um protetor solar com filtro elevado, proteja a pele com roupa, chapéu, óculos de sol e, na praia, use sempre guarda-sol. Mesmo que fique perto de vidros ou siga no carro em viagem deve aplicar o protetor solar. Opte por protetores indicados para peles sensíveis ao sol.

Se pretende usufruir do sol, tenha consciência que não o pode fazer por muito tempo e deverá evitar a exposição solar entre as 11h30 e as 17h00. Aumente a ingestão de alimentos ricos em betacaroteno, como cenoura, abóbora, manga ou papaia, ou tome suplementos à base desta vitamina, que funciona como protetor natural da pele, em especial se for associada ao selénio e vitaminas E e C.

Reações alérgicas cutâneas que se manifestam com vermelhidão, erupções e prurido demonstram que o seu sistema imunitário se tornou intolerante ao sol. Aliás, como sublinha a Immune Deficiency Foundation, as doenças e sintomas alérgicos ocorrem devido a um sistema imunológico ativo que reage a coisas que geralmente são inofensivas, como é o caso de determinados alimentos.

Tomar uma atitude preventiva e saber reagir quando as alergias se manifestam é fundamental para desfrutar do calor e viver o verão. Se o problema persistir, deverá recorrer a um médico especialista.


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